sexta-feira, 2 de março de 2012

O REI ESTÁ NÚ


Eu sempre gostei de ler, leio desde que me entendo por gente, aprendi ainda muito criança com a minha mãe, e por falar nisso, me lembro de uma coleção antiga chamada Tesouro da Juventude que meu tio, chamado Carlos tinha. Vez ou outra ele deixava alguns volumes desta comigo, o que me alegrava muito porque nessa enciclopédia tinha de tudo, ensinava brincadeiras, experiências, como fazer seu próprio brinquedo e muitas outras coisas interessantes, mas o que realmente me chamava atenção eram as fabulas, ah como eu era capaz de perder algumas horas com aquelas estórias, sempre continham alguma lição de moral, algo muito ausente nas nossas formas de entretenimento atual, mas isso é outra postagem, o que gostaria de tratar aqui é que estive pensando em uma das minhas fabulas favoritas contida nessa coleção, A roupa nova do rei criada pelo escritor dinamarquês Hans Christian Andersen, a fabula fala de um bandido que deu um golpe no rei dizendo que era tecelão e faria uma roupa muito bonita e cara, que só os inteligentes e astutos poderiam ver, o bandido recebeu muitas riquezas para tecer a tal roupa, porem, ele tecia fios invisíveis que, segundo ele, só vista pelos inteligentes, então todos para não se passarem por estúpidos, diziam estarem vendo a veste real. Demorando em ficar pronta a tal roupa, o rei quis ver o progresso do “ tecelão”, chegando o rei na tecelagem com os seus ministros, o farsante mostrou a “roupa” em cima da mesa, mesmo vendo a mesa vazia, o rei, com medo de passar por estúpido e perder assim o seu reinado, fingiu-se maravilhado com a sua vestimenta.
Chegado então o grande dia, o dia da entrega da roupa nova do rei, este mandou fazer uma grande parada na cidade para desfilar suas vestes especiais, com todos fingindo estarem vendo o invisível. Certa criança, porem, desmascarando a farsa gritou: O rei está nu! Todos pareceram entender a mesma coisa, o rei encolheu-se por um tempo temendo ser verdade, todavia se aprumou e orgulhosamente continuou sua caminhada.
Bem, o que realmente me trouxe a memória essa estória, são alguns argumentos para justificar as visões e entendimento religiosos sobre a espiritualidade, lideres que criam as mais loucas teorias dizendo que os cristãos precisam evoluir, que são um povo retrogrado e não alcançaram a plena consciência do mundo e seus mistérios e dentro desta fabula criada, dizendo que estão acima do nível intelectual e espiritual das pessoas “comuns”, mostrando a “roupa” que criaram e que “só os inteligentes podem ver”, arrastando multidões que dizem estarem vendo por serem superiores, caindo na falácia do grande “Mentiroso”, e como escreveu o apostolo Paulo, viria um tempo em que não suportariam a sã doutrina e tendo comichões no ouvido, amontoariam para si doutores...(II Timóteo 4:3), o fato é que o ensino simplificado, daquele humilde “Galileu”, que falava coisas sobre amar e amor, o “servo que tomou sobre si as nossas enfermidades”( Isaias 53:4), e que Dele não fazíamos caso algum, que trouxe salvação para humanidade pela Graça e não por obras humanas, (Efésios 2:8-9) é pobre demais para a grande “sabedoria espiritual” dos “evoluídos”, que continuam a proclamar suas “verdades evolutivas superiores”, porem a bíblia relata: que dizendo-se sábios tornaram-se loucos...(Romanos 1:22).
A grande denuncia é: O rei está nu!

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