domingo, 15 de abril de 2012

LEBRE OU TARTARUGA?

Estou acostumado a viajar de moto para ir às reuniões de meu trabalho, algumas vezes chego a percorrer quase trezentos quilômetros em um único dia, o que além de cansativo é também muito perigoso.
 Desde que me casei passei a pegar a pista com muito mais responsabilidade, o que considero ser normal, porém na estrada existem muitos irresponsáveis que aceleram com vontade seus veículos, diante disso já estive em diversas situações extremamente complicadas das quais só escapei por milagre. Mas reparei algo nos apressadinhos, que vez ou outra os alcanço, mesmo eu estando dentro da velocidade permitida indicada nas placas e eles muito acima do limite e por mais que os “rachadores” acelerem tudo o que seus carros podem andar, acabo encontrando com eles em algum ponto do percurso. Sabe o que esses episódios me lembram? A fábula da lebre e a tartaruga. Essa pequena fábula atribuída a Esopo, que fala sobre uma lebre que se gabava dizendo ser muito veloz e que a tartaruga não seria párea para vencê-la em uma corrida, diante dessa afirmação da arrogante lebre, a tartaruga topa o desafio de correr contra a lebre em uma competição. A estória é mais ou menos assim: a lebre logo de saída mostra realmente que sua velocidade é bem superior, abrindo então uma grande vantagem, tanta vantagem que faz com que acredite já ter vencido, a ponto de parar pra dormir, por outro lado a tartaruga dá tudo de si, mesmo na sua lentidão, ela vai até o fim, sem parar, no mesmo ritmo, mas sem parar, cruzando a lebre dorminhoca no caminho, ultrapassando-a e finalizando a corrida como a grande campeã. Essa fábula é mais sobre uma tartaruga constante do que sobre uma lebre veloz; e quer saber de uma coisa? Conheço muitas “lebres” e muitas “tartarugas” no que diz respeito ao âmbito religioso. Desde que me converti mergulhei de cabeça no evangelho e nas coisas concernentes a igreja, lidando com todos os tipos de problemas imagináveis, tive contato com muitas pessoas, tive oportunidade de pregar em três estados e em algumas cidades, sendo sempre observador de alguns atos. Com essas experiências, pelo menos dois tipos de pessoas eu identifiquei: lebres e tartarugas.
É engraçado como tem pessoas que em certas épocas vivem cheias de unção, profetizam, revelam, pregam, oram, rodopiam, são chamados de benção, são considerados super espirituais e de repente sem aviso prévio, param no meio do caminho, como se adormecessem, e tem o outro grupo, o grupo das pessoas que estão lá na caminhada dia após dia, parecem ter um mesmo ritmo, uma mesma marcha, porém vão até o fim, sempre fiel, firmes em suas convicções, rejeitando os ventos de doutrina, sem se desviarem, às vezes desprezados, chamados de “frios” e quando digo sobre ser frio, não estou falando com relação a ser pentecostal ou ser tradicional, porque dentro das duas “visões”, existem os dois tipos de fiéis, estou falando sobre ser constante na obra. Porque isso agrada a Deus.
Melhor andar devagar e sempre, do que explodir em velocidade espiritual e dormir no meio do caminho.
“Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor” (I Coríntios 15:58)
Como diria a canção infantil: “diz aí que bicho você é.”

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Fique a vontade para comentar