sexta-feira, 21 de junho de 2013

MANIFESTAÇÕES...ACORDA "NAÇÃO" (GOSPEL)

Avivamento: despertamento, desalienação, mudança de direção, o reconhecimento dos erros e guerra contra tal, desejo pelo fim do engodo, protesto contra o sistema, denuncia, defesa da verdade e esperança para o futuro...chega de fantasia gospel, a "artigos de fogo", (sapato de fogo, bola de fogo e etc...), de profetadas, de tosquearem as ovelhas, e das mensagens convenientes, dos apóstolos e curandeiros... esse povo que está nas ruas está nos ensinando mais do que percebemos... estão experimentando princípios de avivamento, só que na sociedade alheia à igreja, (apesar de terem homens e mulheres de Deus apoiando a idéia), algo que deveria partir da igreja como partiu da igreja primitiva contra o sistema opressor romano, que lutava contra a injustiça, pleiteava o direito dos orfãos e viúvas, repartiam o pão, atuava contra o aborto, era a favor da vida... mudança já, reforma nos púlpitos, fim da monarquia evangelical, que haja investimento no hospital espiritual, que a fome pela genuína Palavra seja saciada e que a condução para o céu seja de graça pela Graça...ou teremos que aumentar R$ 0,20 no dízimo?

  Por Fernando Bastos

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

QUANTA “UNÇÃO” HEIN RITA LEE!!!

Nesta semana assisti uma cena muito desconcertante; e porque não dizer um tanto quanto estranha? A roqueira sexagenária, Rita Lee em um dos momentos mais controversos do seu show em Brasília no dia 04/11/12, levou o seu publico ao delírio ao virar de costas abaixar as calças e mostrar mais do que deveria. No início deste ano, no dia 29 de janeiro em Aracajú - SE durante um dos seus shows, ocorreu outro episódio polêmico envolvendo a cantora, os policiais que faziam a segurança do local ao atuarem contra o uso de maconha receberam grande repreensão e xingamentos da parte da cantora, que aos berros dizia que os PMs queriam aparecer no show dela mais do que ela própria e que um baseadinho não tinha problema algum sendo que a própria acenderia um no palco. Neste episódio em que os policiais cumpriam o seu papel foram chamados de “cachorros” para baixo. O publico ovacionou a atitude de Rita Lee, gritaram, aplaudiram, assoviaram, pularam, deliraram. Resultado, a cantora desceu do palco direto para a delegacia para dar explicações sobre tais ofensas e suposta apologia ao uso da maconha. Diante do delegado Rita Lee declarou que tudo teria sido fruto da “emoção.” Emoção? Como assim? Isso é unção. Bem pelo menos nos nossos dias eclesiásticos contemporâneo, isto é definido como unção. Todos os ambientes em que ocorreram tais manifestações da roqueira e a resposta de seu publico a estas reações demonstra que a cantora é “ungidona”.
Veja bem, ela estava agindo contra a lei, gritando contra autoridades, ensinando em sua apologia o que era errado, mostrando coisas que ofendem o entendimento de bons costumes e o povo “fervia” a cada gesto, a cada atitude, a cada palavra, louvando a cantora e seus atos.
Não seria este cenário para nós cristãos, familiar?
Esta semana tive o desprazer de assistir um vídeo de dez minutos em que um pregador famosão, num desses “grandes congressos” que leva o nome de um juiz bíblico que guerreou contra uma multidão de midianitas, dizendo que Jesus aos doze anos de idade com a morte de José, (deve ser uma outra tradução ou revelação entregue por um anjo de luz II Cor. 11:14 e Gl. 1:8), fazia as mesas da carpintaria, que geralmente levavam um ano segundo o pregador, em apenas um dia, milagrosamente Jesus estendia a mão e a mesa aparecia,  o pregador ainda narrava o "milagre" com aqueles sonzinhos de pregador "ungido" vusssssh que dá mais motivo para ficar "alegre no espírito", assim Jesus foi juntando dinheiro e tendo condições de ter uma casa na praia, e como o próprio mensageiro dizia: casa BOA. E a cada BOA, o povo ia ao delírio, era mistério, o povo aplaudia, rodava, falava em língua estranha, ficava de pé, era muita unção. Unção? Desculpem-me, mas só se for a mesma unção do povo que aplaudiu a roqueira, ou seja, “emUNÇÃO” = unção emocional (palavra criada para este post)
Talvez você me diga que são coisas totalmente diferentes, que eu não poderia nem comparar, mas observe o cenário, nos dois casos os protagonistas estavam no palco, ferindo a lei, mostrando a vergonha como sendo verdade, transformando o que é errado em certo, mexendo com as emoções, e o povo gritava aplaudindo ambas as ações, a diferença estava na cor do cabelo da cantora e que talvez a calça do pregador não fosse cair por causa desses suspensórios pra ficar tipo gangster.
O apóstolo Paulo deixa registrado uma advertência profética em uma de suas cartas à Timóteo que viria um tempo em que não suportariam a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoariam para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; E desviariam os ouvidos da verdade, voltando às fábulas ( II Tm 4:3-4). Infelizmente esta palavra nos é contemporânea, atribuímos a essas heresias absurdas a “unção” que não passa de emUNÇÃO.
Talvez você diga, mas este pequeno episódio é só um detalhe, porém Paulo vai advertir que: “Um pouco de fermento leveda toda a massa”. (Gl 5:9)
Tomemos a igreja de Éfeso como exemplo de doutrina o compromisso com a verdade como está registrado em apocalipse 2:2-3,6, porque a sã doutrina agrada o Senhor, e foi motivo para elogio à tal igreja.
Fiquemos com este conselho do apóstolo.
“Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema.”
                                                                                         Gálatas 1:8

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

RADARES E FISCALIZAÇÃO ELETRÔNICA

Não sei se você já reparou, ou até mesmo já praticou, que quando um veículo se aproxima de um posto da Polícia Rodoviária Federal ou um radar de fiscalização de velocidade, rapidamente freia e se for preciso, em até mais da metade da velocidade que manteve durante todo o tempo de percurso antecedente a tais fiscalizações?
Apesar de ser uma infração é extremamente comum tal prática e o fato é que realmente, por mais tecnologia que se tenha, não é possível ter o controle total sobre os condutores e seus veículos, sempre existirá uma brecha, até mesmo em uma rodovia totalmente coberta por sensores, radares e policiais, poderá existir uma falha tecnológica, humana ou até mesmo legislativa.
Agora pense comigo; não tem horas que vivemos assim para com Deus? Aprontamos, erramos, mentimos, caluniamos, damos vazão a ira, adulteramos, enganamos, praticamos a corrupção, tendo os pés ligeiros para derramar sangue (Rm 3:15), tramamos e espalhamos contenda, aceleramos os veículos da maldade; Porém quando entramos nos locais separados para o “sagrado” tiramos o pé do acelerador e utilizamos o freio assim como fazemos diante dos redutores de velocidade, como se naquele lugar e somente naquele lugar Deus observasse as nossas vidas, e se estivermos bem alinhados, com nossas bíblias de estudos em mãos, com práticas e aparência de piedade e com saudações eclesiásticas, seremos aprovados no radar Dele.
Infelizmente você e toda a sociedade conhecem essas práticas sendo a causa de tanto escândalo em nossos dias. Mas isso não ocorre somente em nosso tempo, essas práticas estão entranhadas na humanidade desde o princípio; um dos principais exemplos disso ocorreu em Judá e Jerusalém nos dias do profeta Isaías por volta de 740 a.C.
O povo e os líderes religiosos estavam totalmente afundados na imoralidade, os governantes aprovavam a corrupção e recebiam subornos, o poder era conquistado a qualquer preço, as causas justas não eram observadas, nas portas do Templo era negociado o pecado utilizando-se até mesmo da posição religiosa para tais práticas abomináveis ao Senhor (qualquer semelhança contemporânea não é mera coincidência), porém ao adentrar o lugar Santo, atuavam na celebração do culto como se fossem homens e mulheres tementes a Deus, continuavam com os rituais, porém só de aparência, honravam ao Senhor só com os lábios (Is. 29:13), mas o coração deles, as práticas deles, estavam totalmente afastadas da vontade e santidade de Deus, o Senhor sentia ojeriza às solenidades cultuais desse povo (Is. 1:11-15).  
Deus não falha como os radares, em todo o tempo seus olhos nos encontram, não há como fugir Dele, não há como esconder um pensamento sem que passe pelo crivo Dele, o Salmo 139 relata isso de forma impressionante, até mesmo quando ainda éramos uma substância informe Ele nos observava como mostra no verso 16 do mesmo salmo.
Entenda que nada, realmente nada foge ao conhecimento de Deus e sua vontade. Se você tem andado de forma contrária à vontade de Deus achando que Ele não te vê infelizmente está enganado, porém esse mesmo Deus te assiste nas suas lutas, Ele não tira os olhos de você e com certeza se você clamar integramente por Ele, Ele se inclinará para ouvir sua súplica e então haverá uma providência em seu favor que parta da vontade suprema Dele, que é boa agradável e perfeita (Rm. 12:2).
Não ache que você pode enganar a Deus, Ele tudo vê, aquele povo de Judá e Jerusalém experimentou tempos depois com muita angústia, como registra o Salmo 137, no cativeiro babilônico uma verdade registrada em gálatas 6:7:
“Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará.”
Um conselho: ande nos limites pré estabelecidos e registrado por inspiração de forma inerrante em um manual chamado Bíblia.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

OFERECENDO MEU CORPO


Dia cinco de abril de dois mil e doze, um dia depois do nascimento da minha filha ela dormiu pela primeira vez em nossa casa. Ali no seu bercinho, todo decorado por sua mãe, era o berço digno de uma princesa, todo branco com rosa, lindo como ela merecia, porém entre o branco e o rosa, Sofia era a minha branquinha e muito mais linda que uma rosa.
Minha Sofia nasceu realmente muito branquinha, tão clarinha que naquela noite na hora de deitá-la em seu berço, percebi nela algo que me deixou profundamente chateado: ela tinha três marquinhas vermelhinhas de picadas de pernilongo. Não entendi como isso teria acontecido bem debaixo de meu nariz. Como não percebi esses mosquitos? Como dei esse vacilo? Em qual momento esses pequenos monstros selvagens furaram meu bloqueio de pai super protetor e atingiram minha bebezinha? Ela, tão pequena tão indefesa. Fiquei arrasado, pode parecer exagero, mas quando estamos diante da fragilidade de um serzinho tão impotente diante de tudo, tão dependente de você, que quando você falha em proteger, se sente a pior pessoa na face da Terra.
Em minha casa costuma entrar muito mosquito, principalmente em dias quentes como foi o dia em que minha filha foi para casa, porém em dias comuns dias em que não temos uma visitante tão ilustre, ligamos o ventilador, passamos um spray anti-mosquito ou então usamos um repelente deixando longe de nossas peles esse predador tão feroz, mas nesse caso não pudemos usar nenhuma dessas opções, o spray e o repelente poderiam fazer mal a ela por causa do cheiro forte, o ventilador então nem pensar, ela sente muito frio e começa a espirrar, e todo cuidado é pouco com relação a gripes e resfriados em um recém nascido ainda não vacinado e o primeiro véu que conseguimos achar para protegê-la contra os pernilongos no berço era um pouco durinho, deixando então algumas brechas, porque não se moldava completamente como acontece com um véu que tenha o tecido mais mole. O que fazer então em uma situação como essa? Pensei bem e encontrei uma solução e essa solução era a seguinte: Como eu dormiria no mesmo quarto que a Sofia, pois minha esposa tinha passado por uma cirurgia e o meu sono é muito mais leve, decidi dormir sem camisa e sem nada para me cobrir, assim os mosquitos vieram em mim, eu fui o alvo fácil, foi mais fácil vir em mim do que procurar uma passagem entre o véu, nem sei quantas picadas levei, e foram muitas, mas minha filha, ficou intacta, podendo dormir tranquilamente sem ser importunada, e continuar linda com sua pelezinha branquinha.
Na manhã seguinte, com as costas toda coçando, comecei a pensar na decisão que eu tinha tomado de levar as picadas para que minha filha não sofresse, eu não permiti que ela fosse importunada, não permiti que esse mal viesse sobre ela, eu não dividi com ela esse incomodo, eu tomei sobre mim todo o incomodo, todos os pernilongos alimentaram-se do meu sangue, e foi assim porque eu quis, foi uma escolha totalmente minha, ela não me pediu, até porque vai levar um tempo para me pedir algo do tipo, mas foi a minha escolha, ofereci o meu corpo para que ela descansasse, para que ela tivesse paz e ficasse revigorada pela manhã, após uma tranqüila noite de sono. Mas o que me motivou a fazer isso? Seria o instinto? Seria a razão? Talvez todas essas coisas reunidas. Porém eu, em meu coração tenho quatro letras para explicar a minha atitude: A-M-O-R. Simplesmente por amor me entreguei ao incomodo, tive uma noite mal dormida para que meu bebê pudesse relaxar, simplesmente por amor deixei esse mal recair sobre mim, porque eu amo muito minha Sofia fiz e faria de novo por ela.
Sabe de uma coisa, essa situação me despertou para algo, alguém um dia também ofereceu o corpo para que eu tivesse paz, alguém derramou o próprio sangue para que eu tivesse descanso, ou melhor, eu tivesse vida e vida eterna.
No campo espiritual eu sou a parte mais frágil, assim como minha filha, mas: “Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido.
 Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.”     Isaías 53:4-5
O castigo que seria sobre mim, a dor que seria sobre mim, a tristeza que seria sobre mim, a maldição que seria sobre mim, a morte eterna que seria sobre mim, Ele, Jesus, tomou para si, na cruz Ele recebeu aquilo que me estava reservado, na cruz Ele me fez vencedor, me livrando, e me trazendo esperança, aquilo que eu não poderia suportar Ele suportou em silêncio.

Em um grau incomparável, Cristo fez por mim o que eu fiz por minha filha. Motivo? A-M-O-R

domingo, 13 de maio de 2012

SOU MÃE! por Angela Martha Dutra Dias

















 Pude ser mãe!
Sou feliz por isso.
Mas tenho de ser forte.
Sorrir na dor, enfrentar a guerra,
Amar o sofrimento.

Dois filhos por mim vieram ao mundo.
Filhos diferentes,
Individualidades à parte.
Mas são os meus filhos!
Filhos da minha carne,
Filhos do meu amor,
Raízes fortes do meu coração.

Nesse ministério,
Sou multiqualificada.
Aprendi a servir, amar,
E sofrer num paraíso!

Sou enfermeira, conselheira,
Cozinheira e professora.
Às vezes,
Sou economista,
Costureira e arquiteta.

Sou mãe, amiga,
Colega de folguedos...
Pulei corda, joguei bola,
Brinquei de casinha,
De pique, de cavernas...

Andei de bicicleta,
Com duas e com quatro rodas...
Fico triste nas derrotas,
Sorrio nas conquistas...
Muitas alegrias!
Flores e espinhos
Se mesclam nesse caminho.

Sei que peco algumas vezes.
As mães também são pecadoras.
Erram, pensando acertar.
Faltam-lhes a experiência,
O convívio com situações novas,
A maturidade que o tempo traz.

Fui e sou Mãe!
Leguei à vida, duas vidas! Ops...quatro vidas!
Com elas, um pouco de mim:
O sorriso travesso do meu jeito de criança, (Danilo)
A pertinácia nas dificuldades, (Carol)
A maneira perfeccionista, (Igor)
O carinho meloso de minha fragilidade (Paulinho).

Tenho, ainda, outro filho _ adotivo.
Outra metade de mim.
Nascedouro de carinho, cuidados...
Alento na dor,
Parceiro na alegria.
É o esteio da família.
O pai dos meus filhos,
Meu marido!

Outros filhos, terão os meus filhos.
Serão meus netos.
Assim, o círculo da vida vai se refazendo,
Olvidando passagens,
Aproveitando experiências.

Hoje o que importa
É que deles eu sou mãe!
E prá te ser bém sincera,
Isso me basta na vida.


Angela Martha Dutra Dias (Tia Martha), é membro da IPB - Igreja Presbiteriana do Brasil em Paraíba do Sul-RJ, é mãe biológica de dois (os da foto acima) e por empréstimo de vários, é dedicada, trabalhadora, constante, guerreira, serva do Senhor e mais que vencedora em Cristo Jesus

domingo, 22 de abril de 2012

NA MORTE A / HÁ VIDA


Minha filha para mim significa vida e ultimamente gostaria de falar somente sobre ela, eu tenho vivido ela, tenho sentido ela, tenho respirado ela, minha Sofia é vida em minha vida. Mas hoje falarei de algo totalmente oposto, não sobre vida, mas, sobre morte, porém falarei da morte sob a perspectiva divina de acordo com uma experiência que vivi e me levou a compreender o que o Senhor estava querendo dizer em sua Palavra.
Um dia desses, por volta das sete horas da noite, já estando escuro, eu voltava de moto para minha casa, estava em uma cidade vizinha e tive que pegar a BR 393, para chegar a meu destino. Após percorrer uns quinhentos metros percebi que os carros que vinham em minha direção, vinham piscando os seus faróis, e quem está acostumado com a estrada já sabe o significado dessa forma de piscar os faróis: acidente. Desde o alerta já fui diminuindo a velocidade, quando peguei uma reta, já de longe comecei a ver uma movimentação diferente, alguns caminhões parados no acostamento, e como tinha acabado de ocorrer o acidente, os motoristas que estavam passando foram parando já sinalizando a pista com galhos, triângulos e tudo o que podiam utilizar como sinalizadores, como o local estava bem escuro reduzi a quase trinta quilômetros por hora e por mais que você tente evitar, acaba não conseguindo desviar o olhar, mas o que vi foi uma cena impactante. Havia uma moto destruída no chão, mesmo no escuro deu para identificar que havia um corpo jogado, inerte, não sei se estava vivo ou morto, mas acidentes de moto, ainda mais em uma rodovia é quase sempre fatal, dentro dessa cena vi uma mulher que vinha correndo e gritando, não consegui identificar o que ela dizia, mas eram gritos de extremo desespero e angústia. Prossegui o meu caminho, e enquanto sinalizava para os que estavam vindo na direção do ocorrido, muitos pensamentos passaram em minha mente, por um tempo fora de mim tudo era silêncio, vi o carro dos bombeiros passarem por mim com as luzes ligadas, também passei por uma ambulância, sem ouvir a sirene, porque dentro de mim o som era mais alto, rapidamente passaram imagens da minha vida, pensei na fragilidade do ser humano, mas principalmente no que eu tinha feito durante minha história e o que realmente valia a pena, como eu tinha sido com relação ao meu próximo e acima de tudo com o Deus criador que ama. Será que realmente eu tinha feito minha vida valer a pena, será que o Senhor via a minha vida valendo a pena, quantas pessoas magoei, quantas deixei de ajudar, quantas desprezei, quantas vezes ignorei os conselhos de Deus. Sabe, pode parecer estranho, mas todas as pessoas pelo menos uma vez em sua vida deveriam passar por tal experiência. Fiquei totalmente introspectivo naquela noite, continuei o meu caminho totalmente impactado com aquele fato trágico.
Chegando em minha cidade e assim cortando uma de suas avenidas, tendo toda aquela imagem extremamente nítida em minha mente misturada aos meus pensamentos, uma coisa me chamou a atenção, nessa avenida, que é o ponto de encontro dos finais de semana e que localiza-se beirando um rio, tal avenida tem: pista para ciclistas, uma academia a céu aberto, local para se andar de skate, bancos para se assentar e conversar, parque para crianças, quiosques com bebidas e comidas, me chamou a atenção o grande movimento, pois era sexta-feira, todos estavam pelo menos aparentemente muito felizes, as pessoas corriam para manter a forma, passeavam com seus cães, jogavam bola, pedalavam, bebiam e comiam sorridentes. Aquele quadro se chocou com o triste momento que eu tinha acabado de vivenciar. Em uma cena, escuridão e dor, na outra, luzes e alegria, mas a cena que produziu em mim algo realmente proveitoso, incrivelmente foi a cena de morte, a cena do acidente. Então me lembrei de uma passagem bíblica que até este momento, havia certa lógica, porém, eu não a tinha experimentado, sendo a partir desse evento compreendida por mim em sua totalidade: “Melhor é ir a casa onde há luto, do que ir à casa onde há banquete, porque naquela está o fim de todos os homens, e os vivos o aplicam ao seu coração.” (Eclesiastes 7:2)

Na cena da dor, eu pude perceber o quanto preciso melhorar como ser humano, e que preciso muito de Deus, porque a vida é totalmente frágil e presenciar aquela tragédia, me fez aplicar em meu coração o fim de todos os homens, já na cena da “alegria” vi como somos por muitas vezes, fútil e egoísta, que planejamos nossas vidas superficialmente, como vivemos uma vida vazia e muitas vezes sem sentido, não nos importando com o que seremos ou para onde iremos após a morte, vivendo somente o momento de uma suposta paz, não eterna, que passa rapidamente.
 A morte, a perda, na maioria das vezes, vem quando ninguém espera.
Pense bem: Você está preparado?

domingo, 15 de abril de 2012

LEBRE OU TARTARUGA?

Estou acostumado a viajar de moto para ir às reuniões de meu trabalho, algumas vezes chego a percorrer quase trezentos quilômetros em um único dia, o que além de cansativo é também muito perigoso.
 Desde que me casei passei a pegar a pista com muito mais responsabilidade, o que considero ser normal, porém na estrada existem muitos irresponsáveis que aceleram com vontade seus veículos, diante disso já estive em diversas situações extremamente complicadas das quais só escapei por milagre. Mas reparei algo nos apressadinhos, que vez ou outra os alcanço, mesmo eu estando dentro da velocidade permitida indicada nas placas e eles muito acima do limite e por mais que os “rachadores” acelerem tudo o que seus carros podem andar, acabo encontrando com eles em algum ponto do percurso. Sabe o que esses episódios me lembram? A fábula da lebre e a tartaruga. Essa pequena fábula atribuída a Esopo, que fala sobre uma lebre que se gabava dizendo ser muito veloz e que a tartaruga não seria párea para vencê-la em uma corrida, diante dessa afirmação da arrogante lebre, a tartaruga topa o desafio de correr contra a lebre em uma competição. A estória é mais ou menos assim: a lebre logo de saída mostra realmente que sua velocidade é bem superior, abrindo então uma grande vantagem, tanta vantagem que faz com que acredite já ter vencido, a ponto de parar pra dormir, por outro lado a tartaruga dá tudo de si, mesmo na sua lentidão, ela vai até o fim, sem parar, no mesmo ritmo, mas sem parar, cruzando a lebre dorminhoca no caminho, ultrapassando-a e finalizando a corrida como a grande campeã. Essa fábula é mais sobre uma tartaruga constante do que sobre uma lebre veloz; e quer saber de uma coisa? Conheço muitas “lebres” e muitas “tartarugas” no que diz respeito ao âmbito religioso. Desde que me converti mergulhei de cabeça no evangelho e nas coisas concernentes a igreja, lidando com todos os tipos de problemas imagináveis, tive contato com muitas pessoas, tive oportunidade de pregar em três estados e em algumas cidades, sendo sempre observador de alguns atos. Com essas experiências, pelo menos dois tipos de pessoas eu identifiquei: lebres e tartarugas.
É engraçado como tem pessoas que em certas épocas vivem cheias de unção, profetizam, revelam, pregam, oram, rodopiam, são chamados de benção, são considerados super espirituais e de repente sem aviso prévio, param no meio do caminho, como se adormecessem, e tem o outro grupo, o grupo das pessoas que estão lá na caminhada dia após dia, parecem ter um mesmo ritmo, uma mesma marcha, porém vão até o fim, sempre fiel, firmes em suas convicções, rejeitando os ventos de doutrina, sem se desviarem, às vezes desprezados, chamados de “frios” e quando digo sobre ser frio, não estou falando com relação a ser pentecostal ou ser tradicional, porque dentro das duas “visões”, existem os dois tipos de fiéis, estou falando sobre ser constante na obra. Porque isso agrada a Deus.
Melhor andar devagar e sempre, do que explodir em velocidade espiritual e dormir no meio do caminho.
“Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor” (I Coríntios 15:58)
Como diria a canção infantil: “diz aí que bicho você é.”